quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

O Mal nos Planos de Deus

Um Homem Injusto

Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal. (Jó 1:1)

O livro começa louvando a Jó pelas suas qualidades de uma forma não muito comum... Por que ele era louvado, enquanto outros nomes da Bíblia, como Moisés e Maria, por exemplo, mal eram descritos? Se você acha que o Livro de Jó conta a história de um homem justo, você não conhece mais do que um versículo do mesmo. Jó é descrito como um homem justo no começo para que nós possamos entender que a nossa justiça não significa nada para Deus.

Jó tem o gado, os servos e os filhos tirados (Jó 1:13-19), mas ele resiste, humilha-se diante de Deus e não peca (Jó 1:20-22). O sofrimento não acaba, Jó é atingido por úlceras malignas dos pés à cabeça (Jó 2:7), mas ignorando a tentação da sua própria esposa (Jó 2:9) ele continua confiando em Deus (Jó 2:10). Essa é a parte conhecida, pela qual muitos acham que Jó é um exemplo de paciência.

Mas o mal continua e ao longo do livro Jó demonstra ser de fato muito vaidoso e arrogante, não resignado e piedoso como acham muitos por aí. Ele não suporta a aflição como um servo, dando graças e glórias a Deus, ele se enche de orgulho enquanto reclama com os seus amigos e chega a questionar até mesmo o próprio Deus. Ele não achava justo o que estava acontecendo, se pudesse ele teria julgado e condenado a Deus. Mas, pensando bem, eu teria feito o mesmo.

Um Deus Soberano

E disse o SENHOR a Satanás: Eis que ele está na tua mão; porém guarda a sua vida. (Jó 2:6)

O Diabo é o nosso inimigo, mas para Deus ele não passa de um servo, uma ferramenta nas suas mãos. Por mais que ele quisesse acabar com a vida de Jó, ele não podia contrariar a soberana vontade de Deus. Ele achava que estava jogando com Deus enquanto na verdade estava cooperando com o Seu plano.

Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido. (Jó 42:2)

Jó caiu na tentação e no pecado, mas aquilo tinha que acontecer, porque fazia parte dos planos de Deus. Ele conhecia a Palavra, mas ainda não conhecia a Deus. Ele tinha chegado onde o seu espírito o levara, mas não sairia de lá se não fosse pelo Espírito Santo. Nós não podemos ser bons por nós mesmos.

Entendam que a própria provação, e não o que estava por vir, era a bênção de Deus para Jó... Nós não temos que esperar que o melhor venha, nós temos que entender que o melhor é o que Deus está fazendo por nós agora mesmo! "Deus é mais glorificado em nós quando nós estamos mais satisfeitos Nele." (John Piper)

Um Amor Incondicional

Quem do imundo tirará o puro? Ninguém. (Jó 14:4)

Não faz muito tempo que eu tive a revelação do significado dessa passagem... Eu achava que ela fazia uma separação entre coisas puras e imundas - e de fato é o que ela faz, mas de uma forma que eu não imaginava - nós somos as coisas imundas e Deus é a coisa pura, e ela mostra que nós não temos nada para dar para Ele. Nós nascemos e morremos pecando, nós somos os leprosos diante de Deus. Não há quem não mereça a condenação!

Ah! se alguém pudesse contender com Deus pelo homem, como o homem pelo seu próximo! (Jó 16:21)

Jó estava desesperado e se encontrava sem saída. Ele era um homem injusto e maligno, justamente condenado pelo Senhor dos Exércitos. Então ele clama pela salvação, por um Homem que pudesse encarar o próprio Deus e livrá-lo da condenação. Mas, ora, que criatura poderia encarar o criador? Seria como um desenho encarando o desenhista ou uma escultura encarando o escultor... Eu não faria isso.

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:16)

O que mais eu posso falar? Jesus Cristo é a conclusão do livro de Jó, o início e o fim de todas as coisas, o verbo e o amor encarnado. Ele é o verdadeiro inocente e justo, que sofreu calado por amor a nós, mas não teve nem mesmo a vida poupada. E graças a Ele nós temos a liberdade e a vida!

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Sobre o Namoro Cristão

Muito se fala sobre o resguardo do namoro, mas até mesmo um namoro a distância pode ser um problema se não for guiado por Deus. Embora a Bíblia não fale do namoro, da mesma forma que ela não fala da maconha, ela é a base para definir o mesmo e todas as áreas da vida cristã. Mas eu não vou falar do resguardo, como se ele fosse a única característica do namoro cristão, enquanto os nossos jovens abraçam uma forma de "ficar gospel", porque "beijar não é pecado".

Uma vez que o namoro não é uma relação bíblica, ele não é necessário para a formação pessoal e nem mesmo para a família cristã. Você não precisa namorar para se casar, da mesma forma que você não precisa de experiências sexuais para ter filhos e cuidar do seu cônjuge. As experiências não somam tanto quanto a santificação, senão constrangimentos e mágoas, tudo o que você precisa para ter uma família feliz está na Bíblia. A fidelidade cristã e a graça divina bastam. (Salmos 23:1)

Isso eu estou falando não para ignorar a importância da preparação mas para direcioná-la em Cristo. Não queira namorar enquanto você não for transformado pelo Espírito Santo. Se você ainda não for, não perca o seu tempo com um namoro. Mas se você for, meu irmão, saiba que não há comunhão entre a luz e as trevas (2 Coríntios 6:14). A minha experiência mostra que os namoros mixtos não acabam em casamentos cristãos, e a Bíblia mostra de uma vez por todas que não existem relações mixtas por formação, ou seja, se você acha que é um cristão namorando com um não-cristão, na verdade são dois não-cristãos namorando.

Os motivos são muitos e muito claros... Um não-cristão pode namorar por causa do título ou dos beijos e amassos, mas um cristão não se envolve com uma pessoa com quem não queira formar uma família, vaidade e luxúria não são boas justificativas para um cristão. Achar que ela "não é cristã mas é uma boa pessoa" não é só um engano, é um sinal de orgulho e uma falha na compreensão do Evangelho da Salvação. Porque nós não somos bons por nós mesmos, nós precisamos da graça e da transformação do Espírito Santo, sem a qual nós não passaríamos de inimigos de Deus. (Romanos 3:12)

E por falar em amassos... Muitos acham que o cristão não faz sexo antes do casamento, mas isso é só uma parte da realidade, na verdade ele não faz sexo fora do casamento. Qual é a diferença? O que a gente faz no cartório e/ou na igreja é a confirmação do casamento. O que o casal faz na sua intimidade é a consumação do casamento. Mas o casamento de fato é a união e a comunhão vitalícia do casal, um compromisso assumido pelo casal diante de Deus muito antes da publicação do mesmo. Mas não me confundam, eu não estou fazendo apologia à fornicação, eu e a minha noiva namoramos por seis meses sem um só beijo e nós nos sentimos muito abençoados por isso.

O que eu quero é chamar a sua atenção para a seriedade do namoro. Uma declaração de amor cria expectativas e deixa marcas dolorosas se não forem cumpridas... Não seja insensato quanto ao amor e não brinque com um coração. Um simples beijo pode provocar feridas que só Deus pode curar... Se um beijo na boca fosse uma coisa normal você não ficaria chateado se a sua mulher beijasse outro homem na sua frente. Se você não gostaria que a sua esposa conhecesse outras bocas, não conheça outras bocas e não deixe que outras mulheres conheçam a sua. Eu não preciso nem falar dos toques mais ousados, né? (1 Tessalonicenses 5:22)

Mas se você, assim como eu, for uma pessoa ferida e curada por Deus, não perca as esperanças, siga a sua vida e fuja do mal. Se você, por outro lado, tiver contatos íntimos ou relações sexuais com o seu parceiro, entenda que você está obrigatoriamente ligado a ele, que você tem que oficializar o seu casamento e não tem motivos para não fazer isso agora mesmo. Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se. (1 Coríntios 7:9)

É no namoro que a vida conjugal é construída. Ore, mas não confie numa revelação que não venha da Bíblia; e reflita, porque você não precisa de um beijo para conhecer o seu parceiro. Não declare o seu amor e não se envolva fisicamente se não for para se casar com ele. Não espere que o casamento aconteça de uma hora para outra, não espere que a oficialização resolva todos os seus problemas como se ela tivesse um poder mágico para isso. O respeito, a fidelidade, a confiança e a dedicação de um para com o outro não podem esperar a oficialização do casamento, é nos detalhes do namoro que eles são conquistados e demonstrados.

Não seja omisso na escolha da sua parceira. Se a garota não o respeita, seja frio e reflita... Você quer ao seu lado e na educação dos seus filhos uma mulher rebelde e amarga? Ela será uma pedra para o seu ministério, a sua beleza vai acabar em quarenta anos, mas a tua família será desonrada para sempre. Não seja o sexo frágil da sua relação...

E não venha já casada falar que o seu marido era um bom homem quando vocês namoravam e agora é um banana ou um bruto, porque as pessoas nascem na carne e não mudam para pior, só para melhor se for pela ação do Espírito Santo. O seu marido já era idiota, agressivo e promíscuo quando vocês namoravam, mas você estava cega de paixão ou achava que ele ia mudar por amor. Se você insistiu em se sujeitar e sujeitar a sua família a um homem que não era sujeito a Deus... Eu sinto muito, mas a culpa é toda sua.

Esperar é uma boa, mas uma espera passiva é uma perda de tempo: estude a Bíblia, busque a Deus em oração e seja transformado pelo Espírito Santo, para que você seja uma boa pessoa para aquela que Deus tiver preparado para você. Não espere que Ele dê uma princesa a um sapo ou um príncipe a uma bruxa, ou melhor, esqueça os contos de fadas. E não se engane pela nossa cultura - só Deus pode sustentar uma família em amor. Eu espero que essas palavras abençoem pelo menos uma vida.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O Natal Cristão

Todos nós sabemos que o Natal e todas as tradições envolvidas têm as suas origens numa festa pagã. Todos nós cristãos sabemos que o Papai Noel é a imagem de um falso deus criada por homens que odiavam a verdade. Mas nós ainda guardamos religiosamente essa data, e comemoramos a encarnação do Senhor nosso Deus na pessoa de Jesus Cristo. Não há maior nem mais nobre motivo para comemorar, mas nós não podemos descuidar de uma questão tão séria.

Por um lado nós não somos proibidos de festejar o Natal ou qualquer outra data especial, no entanto nós não podemos deixar essas coisas passageiras abafarem a importância de Cristo (Romanos 14:5-6, Colossenses 2:16-17). Qualquer ideia que tome o lugar de Cristo, no nosso pensamento ou nas nossas vidas, ainda que por um instante, deve ser ignorada e negada. Tanto as árvores e decorações quanto os presentes trocados são costumes inofensivos enquanto não tirarem a atenção de Deus. Mas o Papai Noel é por si só um símbolo anticristão, pois se baseia numa mentira (Levítico 19:11).

Se for mesmo a vinda de Cristo o que comemoramos, então nós temos que entender o que isso significa na verdade. Por que o Verbo se fez carne para habitar entre nós? Por que o Juiz se humilhou como um servo diante da Lei? Por que aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida foi crucificado? Por mais simples que pareçam, essas questões definem o Evangelho da Salvação, e não podem ser desprezadas, porque o mundo precisa conhecer essa mensagem, e nós somos os mensageiros de Deus.

Jesus se encarnou porque nós não poderíamos nos salvar dos nossos pecados (Romanos 3:23), só Deus poderia se dar no nosso lugar, porque nós não temos nada para dar (Marcos 8:37), e porque Ele nos ama muito mais do que nós imaginamos e merecemos (João 3:16). Ele nasceu de uma virgem para cumprir a profecia (Isaías 7:14) e se tornar um sacrifício agradável a Deus (Provérbios 3:9). Tudo isso pela sua misericórdia e pelo Seu amor, e não por uma obrigação da sua parte (Romanos 11:35).

Ele não veio só para ensinar, nem para curar e ressuscitar, Jesus veio para cumprir o desígnio eterno da salvação, vivendo uma vida santa que nós não poderíamos viver, e entregando essa vida de uma forma que não poderíamos entregar, sofrendo o peso da ira que provocamos a Deus e pelo qual deveríamos morrer (Apocalipse 13:8). Lembrando o nosso saudoso C. S. Lewis: “Ou esse homem era e é o Filho de Deus, ou então um louco ou coisa pior. Você pode calá-lo por ser um louco, cuspir nele e matá-lo como a um demônio, ou você pode cair aos seus pés e chamá-lo de Senhor e Deus. Mas não venha com condescendência dizer que ele não passava de um grande mestre. Ele não deixou essa opção, ele não quis deixá-la.”

Nós éramos os criminosos libertos diante da condenação do justo (Mateus 27:26). O que possibilitou e provocou o sofrimento e a morte de Cristo não foi a falta de ar, não foram as chicotadas e os cravos pregados, nem o sangue derramado na cruz, foram os pecados que ele levou consigo, os pecados que nos levariam para o Inferno (Isaías 53:4). E não foi para o Diabo que ele se entregou, foi para o grandioso Senhor dos Exércitos, que condenou o próprio Filho no nosso lugar, para que a sua justiça fosse contada no lugar da nossa (Isaías 53:5).

Se um cristão comemorar o Natal, não será por causa de um acontecimento histórico, mas por causa da eterna bondade do nosso Senhor. Se der graças, não será por causa de uma mesa farta, será por causa do corpo e do sangue que foram entregues por nós. Se trocar presentes, terá que lembrar que a salvação é uma dádiva graciosa de Deus, pela qual nós não temos mérito algum. Que as luzes das nossas casas não ofusquem a glória de Deus.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

"Todo caminho do homem é reto aos seus olhos, mas o Senhor sonda os corações." (Provérbios 21:2)

Ou seja, por mais que o homem se ache justo, ele não pode esconder a sua sujeira de Deus! Quem fala que "Deus conhece os corações" para dizer que ele conhece as nossas dificuldades e os nossos bons desígnios e entende as justificativas que nós damos para os nossos erros não sabe o que está falando. Jesus é a única justificativa aceitável para os nossos erros, porque ele cumpriu a lei e se ofereceu em sacrifício por nós!

domingo, 14 de outubro de 2012

Uma Leitura Poderosa

Paulo, servo de Deus, e apóstolo de Jesus Cristo, segundo a fé dos eleitos de Deus, e o conhecimento da verdade, que é segundo a piedade, Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos; Mas a seu tempo manifestou a sua palavra pela pregação que me foi confiada segundo o mandamento de Deus, nosso Salvador; A Tito, meu verdadeiro filho, segundo a fé comum: Graça, misericórdia, e paz da parte de Deus Pai, e da do Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador.

Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como já te mandei: Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes. Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; Mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante; Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes.

Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da circuncisão, Aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância. Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos. Este testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé. Não dando ouvidos às fábulas judaicas, nem aos mandamentos de homens que se desviam da verdade. Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis; antes o seu entendimento e consciência estão contaminados. Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda a boa obra.

Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina. Os velhos, que sejam sóbrios, graves, prudentes, sãos na fé, no amor, e na paciência; As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem; Para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos, A serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada. Exorta semelhantemente os jovens a que sejam moderados. Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina mostra incorrupção, gravidade, sinceridade, Linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós. Exorta os servos a que se sujeitem a seus senhores, e em tudo agradem, não contradizendo, Não defraudando, antes mostrando toda a boa lealdade, para que em tudo sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador.

Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente, Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo; O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras. Fala disto, e exorta e repreende com toda a autoridade. Ninguém te despreze.

Admoesta-os a que se sujeitem aos principados e potestades, que lhes obedeçam, e estejam preparados para toda a boa obra; Que a ninguém infamem, nem sejam contenciosos, mas modestos, mostrando toda a mansidão para com todos os homens. Porque também nós éramos noutro tempo insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros. Mas quando apareceu a benignidade e amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens, Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, Que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador; Para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna.

Fiel é a palavra, e isto quero que deveras afirmes, para que os que crêem em Deus procurem aplicar-se às boas obras; estas coisas são boas e proveitosas aos homens. Mas não entres em questões loucas, genealogias e contendas, e nos debates acerca da lei; porque são coisas inúteis e vãs. Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o, Sabendo que esse tal está pervertido, e peca, estando já em si mesmo condenado. Quando te enviar Artemas, ou Tíquico, procura vir ter comigo a Nicópolis; porque deliberei invernar ali. Acompanha com muito cuidado Zenas, doutor da lei, e Apolo, para que nada lhes falte. E os nossos aprendam também a aplicar-se às boas obras, nas coisas necessárias, para que não sejam infrutuosos. Saúdam-te todos os que estão comigo. Saúda tu os que nos amam na fé. A graça seja com vós todos. Amém.

Carta de Paulo a Tito - Bíblia Sagrada